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Reaproveitamento x aproveitamento integral
Você sabia que com as sobras do almoço e com partes de alimentos que geralmente são descartadas diariamente, é possível preparar pratos muito saborosos?
Reaproveitamento é sobre utilizar os “restos” de um alimento, ao invés de descartá-lo. Você parte de um alimento e faz outra coisa. Por exemplo: você faz arroz e acaba sobrando na panela; você pode fazer um bolinho de arroz, uma farofa, uma torta salgada, que seja, são inúmeras possibilidades- basta usar a criatividade.
O aproveitamento integral diz respeito a sua forma integral. Por exemplo, a banana tem a casca e a polpa, e quando só comemos a polpa e descartamos a casca, não estamos aproveitando a banana em sua forma integral.
Reutilizar todos os recursos disponíveis de uma forma geral é uma maneira correta e sustentável para garantir nossa existência.
Sob o viés do desperdício:
Um dos fenômenos causados pela cultura do consumismo é o desperdício alimentar. E este é dos maiores problemas que o Brasil enfrenta, constituindo-se em um dos paradoxos do nosso país, que é um dos maiores exportadores mundiais de alimentos. Somente no Brasil, são desperdiçadas 23,6 milhões de toneladas de alimentos por ano, o que representa mais de 40 quilos de lixo orgânico por pessoa ao ano.
Apesar de a quantidade de alimentos produzidos no mundo ser capaz de acabar com a fome, ainda há mais de 800 milhões desnutrição.
O desconhecimento dos princípios nutritivos dos alimentos induz ao mau aproveitamento, o que ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares.
Este problema está relacionado a vários fatores, desde a colheita até sua preparação, como o transporte, armazenamento, manipulação e forma de preparo inadequado dos alimentos, além de hábitos culturais. O desperdício está agregado à cultura brasileira contribuindo para a diminuição dos recursos nutricionais ofertados à grande parte das famílias, sendo este fator agravante nas populações mais carentes.
O aproveitamento integral e reaproveitamento de alimentos se torna hoje peça fundamental para amenizar estes problemas.
Dado este cenário vê-se a importância de trabalhar na conscientização da população por meio da educação alimentar, propiciando conhecimentos e habilidades que permitem às pessoas produzir, descobrir, selecionar e consumir os alimentos de forma adequada, saudável e segura, assim como fortalecer culturas alimentares das diversas regiões do país.
Boa parte do desperdício acontece em casa. Então, que tal pensar sobre isso e aprender algumas receitas para reduzir o desperdício de alimentos, adotar hábitos alimentares saudáveis e adequados, amenizar os prejuízos e promover a melhoria da qualidade de vida?
Sob o viés nutritivo:
De acordo com o Ministério da Saúde, uma alimentação saudável deve fornecer água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais e fibras para um bom funcionamento do organismo. E para tanto, a dieta precisa dispor de todas as classes de alimentos, uma vez que nenhum alimento específico ou grupo deles isoladamente é suficiente para fornecer todos os nutrientes necessários.
Uma má alimentação pode levar tanto à obesidade como à desnutrição, acarretando prejuízos principalmente na parcela infantil e adolescente da população.
Por meio do aproveitamento integral e reaproveitamento dos alimentos é possível combater essa situação, pois ao utilizar não somente a polpa, mas também a casca, talo, e sementes, melhora-se a qualidade nutricional da preparação, pois em muitos alimentos o teor de nutrientes na casca e no talo é maior em relação à polpa.
A utilização integral do alimento vai além da economia, significa usar os recursos disponíveis sem desperdício, reciclando e respeitando a natureza, além de alimentar-se bem, com prazer e dignidade.
Referências bibliográficas:
http://revistaeletronica.unicruz.edu.br/index.php/eletronica/article/viewFile/590-599/pdf_175
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